Laço Vermelho: Alerta e Solidariedade sobre aids
“O Laço
Vermelho precisa ser mais que um símbolo. Deve unir todos em torno dos mesmos
objetivos: estimular a testagem para diagnóstico do HIV, prevenir o HIV,
realizar o tratamento para quem é soropositivo e superar o preconceito”,
escreveu Almir Santana*, coordenador do Programa Estadual de DST/Aids de
Sergipe em seu blog no site Infonet. Em seu artigo, Almir falou da importância
e significado do laço que é o símbolo da luta contra a aids. Leia abaixo o texto
na integra:
Laço Vermelho: Alerta e Solidariedade
sobre aids
“Vamos todos
divulgar o laço vermelho em dezembro”
O Dia
Mundial de Luta Contra a Aids, primeiro de dezembro, foi instituído pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) como uma data simbólica de mobilização para
todos os povos sobre a pandemia de aids. As atividades desenvolvidas em
dezembro visam divulgar mensagens de solidariedade, prevenção e incentivar
novos compromissos com essa luta.
O Laço
Vermelho é o símbolo internacional da consciência sobre o HIV e a aids, e
também um símbolo de esperança e apoio, e é usado por um número cada vez maior
de pessoas por todo o mundo para demonstrar sua preocupação com a epidemia,
além de expressar visualmente solidariedade com aqueles que vivem com o vírus.
Como
aconteceu no outubro rosa e novembro azul, estamos mobilizando os municípios,
empresas, escolas, instituições públicas e a sociedade em geral, para que, no
mês de dezembro, divulguem o laço vermelho, indicando um envolvimento na luta
contra a aids.
A campanha
consiste em colocar um laço vermelho, em um ou mais marcos ou ponto de
referência de cada município, na frente de cada instituição (escola, empresa,
loja ou em qualquer local estratégico). Os municípios são convidados para
participar dessa iniciativa, mobilizando a sociedade civil e outras entidades
organizadas para se envolverem na ação do mês de dezembro.
O Laço
Vermelho precisa ser mais que um símbolo. Deve unir todos em torno dos mesmos
objetivos: estimular a testagem para diagnóstico do HIV, prevenir o HIV,
realizar o tratamento para quem é soropositivo e superar o preconceito.
O Ministério
da Saúde estima em 734 mil o número de brasileiros que vivem com o HIV. Desse
contingente, 417 mil usam os medicamentos antirretrovirais ofertados na rede
pública. Portanto, estão com a carga viral mais controlada, o que reduz a
chance de infectarem outros indivíduos. Porém, 167 mil pessoas sabem que
possuem a doença, mas não procuram tratamento. Outros 150 mil convivem com o
vírus e não sabem. Ou seja, estes dois grupos permanecem com o HIV sem
controle, o que representa risco elevado de infecção. Como o vírus demora cerca
de cinco a oito anos para se manifestar muitos não procuram o teste de
diagnóstico e nem os remédios.
O slogan da
campanha do Ministério da Saúde no Dia Primeiro de Dezembro será “Com
Tratamento a Vida será Mais Forte do que a aids”. O objetivo é motivar aquela
pessoa que já sabe que é soropositiva, mas que não iniciou o tratamento ou
aquela que, por algum motivo, interrompeu o uso dos medicamentos, a iniciar ou
retomar o uso dos antirretrovirais, que são medicamentos responsáveis pela
redução da carga viral e, consequentemente, pela redução das infecções
oportunistas e redução do risco de transmissão do HIV para outras pessoas, numa
relação sexual sem preservativo.
Cada um tem o seu papel no
enfrentamento à epidemia do HIV
Faça a sua
parte: previna-se; faça o teste; seja solidário com quem tem o HIV; se você
sabe que já tem o HIV, cuide-se; tome os medicamentos corretamente; use sempre
camisinha e proteja seu parceiro do HIV diminuindo a carga viral. Se você é
empresário, participe da luta contra a aids, implantando um programa de
prevenção e solidariedade no local de trabalho. Se você é diretor de escola,
discuta, sem preconceitos, o tema aids nas salas de aula. Se você é político,
ajude a criar leis que beneficiem as pessoas soropositivas. Se você é um gestor
municipal, as suas decisões podem salvar vidas: tenha um programa de prevenção
e de testagem do HIV na sua cidade e dê assistência digna a quem vive com o
HIV.