Espetáculo ‘Meus Cabelos Baobá’ promove sessão gratuita para adeptos e simpatizantes das religiões de matriz africana em Salvador
Espetáculo “Meus Cabelos de Baobá” Crédito: Dodô Villar/Divulgação
Nesta sexta-feira, (04) , às 20h, o Teatro Jorge Amado, na Pituba, recebe a pré-estreia do espetáculo “Meus Cabelos Baobá”. Esta sessão especial será exclusiva para simpatizantes e adeptos das religiões de matriz africanas. A peça é uma criação do diretor artístico Pai Fred de Opará e Oxaguian, sacerdote do Ilê Asè Idà Omí. Para o público geral, “Meus Cabelos Baobá” estará em cartaz de 9 a 13 de julho no Teatro Casa do Comércio. Interessados em participar da pré-estreia devem entrar em contato com a produção do espetáculo através do Instagram nos perfis @egbeaxe.bahia @casadosguerreiros ou @cabelosbaoba
MEUS CABELOS BAOBÁ, dramaturgia da carioca Fernanda Dias, intercala um elenco entre Salvador e Rio de Janeiro, trazendo em cena um elenco potente de vozes femininas negras, a carioca Luana Xavier e as baianas Márcia Limma e Meniky Marla, que encenam a trajetória de uma menina em diálogo com uma árvore milenar, uma ode cênica ao feminino negro que reinventa o mundo,
A peça em sua versão baiana é dirigida por Fred Soares e Luiz Antonio Sena Jr e apresenta uma trilha sonora ao vivo executada pelas musicistas Aisha Araújo, Ingride Nascimento, Ivone Jesus e Meg Azevedo. O texto de Fernanda Dias é inspirado na força espiralar das mitologias africanas e entrelaçado com a lírica poesia de Conceição Evaristo.
A árvore sagrada do título, o baobá, é mais que metáfora: é presença, guia, é raiz. A menina que dialoga com ela aprende a transformar marginalizações em coroa, solidão em realeza, silêncio em canto. Trilhando um caminho que vai da infância ao trono simbólico da mulher negra rainha, a peça costura vivências muitas vezes ignoradas por outras narrativas, e encontra no corpo negro – dançante, sensível, ferido e sagrado – a escrita de um novo tempo.
Meus Cabelos Baobá é uma realização da Associação Casa dos Guerreiros, uma iniciativa do Ilê Asè Idà Omí. Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.