CRIA encerra projeto Diga Aí, povo do Pelô com espetáculo teatral gratuito no Centro Histórico
O Centro de Referência Integral de Adolescentes - CRIA celebrará nestaquarta-feira
(24), a partir das 15h, no Largo Pedro Archanjo, o
encerramento do projeto Diga Aí, Povo do Pelô!. Durante
a comemoração será realizada aapresentação gratuita do espetáculo Um
Dia, Um Quintal..., do grupo Mais de Mil. Estarão presentes na
cerimônia de abertura do evento a diretora doCentro de Culturas Populares e
Identitárias - CCPI, Arany Santana e o diretor geral do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural – IPAC, Frederico Mendonça.
O projeto Diga Aí, Povo do Pelô! é resultado de
uma parceria firmada entre o CRIA, o Fundo de Cultura da
Bahia, da Secretaria de Cultura da Bahia - SecultBa, o Programa Pelourinho
Cultural e o IPAC. “Durante oito meses, foram realizadas atividades de formação
para a população do Centro Histórico visando ao fomento de diálogos entre
diferentes instituições, promovendo uma troca de experiências e trazendo
debates temáticos importantes no campo de promoção dos direitos e proteção da
população”, afirma a Coordenadora Geral do projeto, Eleonora Rabelo.
As ações artísticas do projeto ficaram por conta dos vários grupos
culturais do Pelourinho e do CRIA, além das Rodas de Conversa, que
trouxeram especialistas em temas específicos para aprimorar os
debates; e dos encontros do Pipoca & Papo, uma conversa sobre
literatura com autores como Fábio Mandingo, do livro “Salvador Negro
Rancor”.
“O CRIA tem seu trabalho pautado nos direitos humanos e na valorização
cultural das populações tradicionais e o Pelourinho é um território de valor
histórico e cultural incalculável, guardião de memórias e identidades. O nosso
sentimento é de desafio. Desafio para o trabalho em rede e na mobilização e
valorização da expressão cultural da população local”, disse Irene Piñeiro,
Coordenadora da Área de Saúde do CRIA.
Para Arany Santana, que é conselheira-fundadora do Centro, o CRIA é o
mais importante projeto para a formação cultural de jovens da periferia
realizado em Salvador. “Eu não conheço um jovem que não tenha caminhado na
direção para a conquista da cidadania plena depois de ter passado pelo CRIA. Eu
conheci jovens de escolas públicas que passaram pelo projeto e foram aprovados
no vestibular da UFBA muito antes de se ouvir falar em cursinhos
pré-vestibulares e eu tenho certeza de que a arte foi um fator decisivo no
acesso ao conhecimento e na busca pela cidadania plena por parte desses
jovens", elogia Arany.