Festival Maré de Março apresenta produção local nas ruas e espaços alternativos de Salvador
O FESTIVAL MARÉ DE MARÇO chega a sua IV edição, mantendo o
propósito de comemorar o Mês do Teatro e do Circo, na semana de 25 de março a
02 de abril. Desta vez, a relação entre teatro e a cidade deu o foco de escolha
da mostra, que reunirá 29 espetáculos, maior parte deles voltados para a rua,
espraiando-se em diferentes bairros de Salvador ou realizados em espaços
alternativos, com maior concentração no Centro Antigo. Além das apresentações,
o evento promoverá trocas com curadores de importantes festivais, bem como
debates e também oficina voltada para a circulação nacional e internacional de
espetáculos.
Uma das novidades desta edição é o lançamento da PLATEIA -
Plataforma de Teatro Para a Infância e Adolescência, que irá garantir
atividades específicas para crianças.
Nos finais de semana, antes dos espetáculos, um grupo de recreadores se
encarrega de divertir a criançada com muita brincadeira.
A programação inclui shows musicais que flertam com a
linguagem teatral e circense, a exemplo de A Sanfonástica Mulher Lona, da
cantora e instrumentista Lívia Mattos, Toda Crianceira: Cancioneiro Brincante
da Infância, do Grupo Canastra Real e Imaginante, do Canela Fina. Dos 29
trabalhos que comporão a grade do festival, 11 espetáculos foram convidados
previamente pelos grupos realizadores do festival. As outras 18 produções
selecionadas por meio de curadoria e serão apresentadas em 14 espaços
diferentes, localizados em vários bairros da cidade, como Rio Vermelho, Pituba,
Amaralina, Barbalho, Dois de Julho, Pelourinho, Candeal, Ribeira, Mata Escura e
Centro.
Diversidade - A grade de programação não podia ser mais
diversa: vai do “Bolero de 4”, performance do dançarino e esportista João
Rafael - que ao longo do Bolero de Ravel “dança” com sua bicicleta BMX - ao
“Segredo da Arca de Trancoso”, espetáculo de rua do grupo Vilavox com suas
carroças, pernas de pau e instrumentos inspirados na coleção da etnomusicóloga
e pesquisadora da música popular tradicional brasileira Emília Biancardi. Ou ainda o espetáculo Mágico Mar, com seu
lirismo clownesco, na praça da Madragoa (Ribeira) ao espetáculo Kaiala,
apresentado no terreiro Bate Folha (Mata Escura), passando pela apresentação
intimista da NAVE - Plataforma de Lançamento, num pequeno apartamento para
falar de amor e relações afetivas.
CURADORIA
Toda a programação do Maré será acompanhada por uma equipe
de curadores de festivais nacionais e internacionais, estimulando que conheçam
a diversidade da cena teatral soteropolitana e possam circular as obras em
outras mostras. Com este propósito, será realizada a “Oficina de Circulação
Nacional e Internacional” com Marcelo Bones, consultor e assessor de
importantes festivais teatrais brasileiros e idealizador e coordenador do
Observatório dos Festivais (festivais.org.br). Incentivar e mostrar possíveis
caminhos de circulação da nossa produção é o nosso objetivo com esta ação
combinada.
Além de Marcelo Bones, comporão a equipe de curadores
Bernhard Bub, do Sommerwerft Theather Festival de Frankfurt; Paulo Feitosa, curador de vários festivais de
artes cênicas nacionais e internacionais, Cynthia Margareth, Diretora de
Produção do Lume e do Feverfestival Internacional de Campinas e Francis
Wilker, Mestre em Artes Cênicas pela
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Serviço
Festival Maré de Março
De 25 de março a 02 de abril
29 produções teatrais baianas
Ruas e Espaços Alternativos